domingo, 30 de setembro de 2007

Tim Biskup



Fica a dica:
http://www.timbiskup.com/artwork/digital

Bem bacana!
O cara pinta, faz digital art, toyart...
E o site é legal.


"Biography

Tim Biskup is a Southern California fine artist whose work has been shown worldwide, including galleries and museums in Los Angeles, New York, San Francisco, Tokyo, Kyoto, Barcelona, Berlin and Melbourne. He's collaborated with artists and designers around the globe and organized art auctions and exhibitions.

Tim's career in animation led him through nearly every studio in Southern California where he honed his craft as a draftsman and technical painter.

Emerging from the studio system around the beginning of the millennium, he attacked the fine art world with a constant stream of original artwork, limited edition prints, vinyl figures, sculptures and tee shirts. In recent years his work has taken on a more serious tone, driving his self-proclaimed "baroque modernism" into darker territory.

You can find his products at Flopdoodle.com or at his Gallery/Store, Bispop, located in Pasadena, California's Old Towne neighborhood. Original artwork is occasionally available from both of those sources, but you'll have better luck with Billy Shire Fine Arts in Culver City, CA and Jonathan Levine Gallery in NYC."

sábado, 29 de setembro de 2007

Brasileiros são os maiores usuários de e-mail do mundo, com 14,3 milhões de pessoas, diz Ibope

São Paulo, 28 de setembro de 2007 – Os internautas residenciais brasileiros são os maiores usuários de e-mail do mundo, segundo relatório do IBOPE/NetRatings de agosto. “No mês passado 14,3 milhões de pessoas navegaram em webmails na Internet de suas casas”, afirma José Calazans, analista do Ibope. No total o País contabilizou em agosto 19,3 milhões de internautas residenciais ativos, cerca de 1 milhão de usuários a mais do que em julho. Segundo Calazans 74,5% de seus internautas residenciais brasileiros acessam suas contas de e-mail por mês. "Quem mais se aproxima são os espanhóis, com 69,7%, franceses, com 65,1%, e britânicos, com 64,5%", enumera o analista.
No entanto, Calazans explica que, mesmo sendo os campeões do mundo em números de usuários de e-mail, os brasileiros preferem outras ferramentas de comunicação. Os comunicadores instantâneos são uma unanimidade local com quase 15 milhões de internautas. “Os brasileiros passaram em média cinco horas usando messengers em agosto contra uma hora e meia usando e-mails”, especifica o analista.São Paulo, 28 de setembro de 2007 – Os internautas residenciais brasileiros são os maiores usuários de e-mail do mundo, segundo relatório do IBOPE/NetRatings de agosto. “No mês passado 14,3 milhões de pessoas navegaram em webmails na Internet de suas casas”, afirma José Calazans, analista do Ibope. No total o País contabilizou em agosto 19,3 milhões de internautas residenciais ativos, cerca de 1 milhão de usuários a mais do que em julho. Segundo Calazans 74,5% de seus internautas residenciais brasileiros acessam suas contas de e-mail por mês. "Quem mais se aproxima são os espanhóis, com 69,7%, franceses, com 65,1%, e britânicos, com 64,5%", enumera o analista.
No entanto, Calazans explica que, mesmo sendo os campeões do mundo em números de usuários de e-mail, os brasileiros preferem outras ferramentas de comunicação. Os comunicadores instantâneos são uma unanimidade local com quase 15 milhões de internautas. “Os brasileiros passaram em média cinco horas usando messengers em agosto contra uma hora e meia usando e-mails”, especifica o analista.

divulgando blog

Como vimos na sala de aula, um dos elementos que contribuem para aumentar as visitas em blogs e em sites é sempre está divulgando a sua página em outras. Estou indicando um blog , que é bem recente, da conlutas-ba ( coordenação nacional de lutas) e o molotov. São blogs que divulgam os movimentos sociais que acontecem no país e no mundo. Espero que gostem!

http://conlutasbahia.blogspot.com/

Orkut pode sair do Brasil ou restringir acesso aos brasileiros


O Orkut, rede de relacionamentos sociais na Internet criada e mantida pelo Google, pode fechar suas atividades no Brasil ou até limitar o acesso de internautas brasileiros, segundo o jornal Folha de S.Paulo. A informação partiu da sede da empresa em Mountain View, na Califórnia.

Envolvida em uma série de processos judiciais, a empresa pode tomar a medida caso não seja possível coibir excessos dos usuários brasileiros ou não se chegar a um acordo com a Justiça do país. Para a direção do Google, seja qual for o resultado da atual disputa jurídica, a imagem do site pode sair irremediavelmente arranhada no Brasil. O País responde por entre 80% e 90% do total de usuários do serviço que hoje é de cerca de 20 milhões.

A diretora jurídica do Google, Nicole Wong, disse que "nenhuma hipótese está descartada". Em entrevista por telefone, a executiva afirmou também que a empresa "está muito feliz em prover esse serviço ao Brasil e gostaria muito de poder continuar a fazê-lo", conforme a Folha de S.Paulo.

Foram abertos 52 pedidos de quebra de sigilo no Orkut até hoje. Em sua maioria, são casos de pedofilia e de crimes de racismo e ódio. A Google Inc. afirma ter atendido a todos os pedidos que lhe foram feitos corretamente até hoje, mas o jornal paulista apurou ainda que a resistência do Google em ceder seus dados - a menos que haja acordo com a Justiça norte-americana - por temer o uso político das informações. Como exemplos, são citadas autoridades da China e do Irã, que já solicitaram dados de pessoas consideradas dissidentes dos regimes.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Universo Mac


http://tiraduvidas.globolog.com.br/

Leia reportagem completa aqui.

O esgoto é a solução

22/09/2007
por
Silvio Meira

As redes de esgotos são o marco mais importante da história da medicina dos últimos 167 anos. E têm tudo a ver com inclusão digital.

Em época marrom da política nacional, de vacas e cavalheiros (ou melhor, vacalheiros) indo para bem depois do brejo onde se perdiam nos velhos bons tempos, a coluna aproveita a oportunidade para falar de uma necessidade, raramente percebida por qualquer um e muito menos por representantes do povo, governantes e poderosos em geral: o esgoto.

Sim, o velho e bom esgoto, aquele que políticos não gostam de fazer porque “obra enterrada não dá voto”. Paciência, leitor, vá até o fim, pois a conversa pertence mesmo a este espaço e tem tudo a ver com vida digital. O British Medical Journal, publicado desde 1840, perguntou a seus leitores qual foi o maior marco da história da medicina nos últimos 167 anos. Deu esgotamento sanitário, seguido por antibióticos. Coincidentemente, a noção moderna de esgoto tem quase a mesma idade do jornal.

No Brasil, só metade dos municípios tem “algum tipo” de tratamento sanitário; no Nordeste, 30% coletam esgoto e 13% coletam e tratam. Resultado? Uma fortuna torrada em “saúde”, sem os resultados esperados. O que já se sabia na Inglaterra do séc. XIX. Imagine a Amazônia, onde menos de 7% dos municípios têm algum tipo de coleta e/ou tratamento. Se a população aumentar, o que vai (o)correr nos rios da região? Enquanto isso, quanto da CPMF será usado em esgotos? Melhor nem perguntar.

E nós com isso? Saneamento é uma rede de infra-estrutura social básica, como água, eletricidade e telefone. Esgoto é assunto de interesse social há cinco milênios e universalizado em qualquer país civilizado. Vez por outra, a gente reclama da inexistência de políticas públicas para incluir o país inteiro na internet, rede que representa as bibliotecas, enciclopédias, os jornais, diários, arquivos, TVs… do presente e do futuro, muitos deles escritos por nós mesmos. Mas internet é, no máximo, tão importante quanto… saneamento. Se não conseguirmos controlar o fluxo de efluentes -- incluindo o puro e simples cocô -- danosos à saúde e ao ambiente em terrenos, lagos, rios e mares, de pouco adiantará internet para todos, pois o mundo não vai estar aí mesmo. Nem pra nós nem pra nossos filhos e netos.

A crise de água que o planeta já atravessa aumentará a pressão, em países como o Brasil, para incrementar a rede de saneamento. Não seria exótico pensar que qualquer governo interessado no futuro do país, cidade ou Estado estaria instalando esgotos agora, com toda pressa do mundo. Questão de saúde e de segurança pública, pois de sobrevivência.

Que tal, pra aumentar nossas chances de futuro, universalizar o esgotamento sanitário, no Brasil, em 10 anos? Considerando que eletricidade já chegou a quase todos os domicílios, assim como água, e isso aconteceu antes da possibilidade (e baixo custo) de levarmos, juntamente com alguma outra infra, a internet (e de fibra ótica), a hora de universalizar a internet nas casas brasileiras é quando tomarmos a decisão de universalizar o esgoto…

O custo de instalação cairia pra perto de zero, pois já temos que conectar o esgoto do país inteiro. E o problema seria localizado, cidade a cidade, cada uma decidindo o que e como fazer no seu espaço e com seu dinheiro. Muitos vão optar por redes aéreas como wi-max. Mas isso não é banda larga… larga mesmo, por casa, é 100 megabit por segundo. Ou seja, fibra ótica. Física. Instalada junto com os tubos do esgoto.

Sonho? Pode ser. Mas parece razoável e exeqüível. Falta os políticos descobrirem que banda larga é tão necessária quanto esgoto e um insumo fundamental para o desenvolvimento econômico. Bem aqui no século XXI, e não em algum futuro remoto e intangível. Mas estamos no Brasil. O que ainda nos falta é chegar em 1840 e entender que esgoto universal é um item essencial da cidadania e da humanidade como entendidas hoje. A internet pode até esperar. Mas nos fará tanta falta, em breve, como esgoto nos faz hoje.

Enquanto isso, é torcer para que a vaca e seus vacalheiros, ao invés de um idílico e perfumado brejo, se atolem numa bem profunda poça de esgoto. Que não foi coletado nem tratado por inoperância e culpa deles próprios.

Web doméstica tem 19 milhões de brasileiros

Número recorde refere-se aos usuários ativos, que acessam a web uma vez ao mês. Se considerados aqueles que podem navegar em casa, são 30 milhões.

O número de usuários residenciais ativos de internet -- aqueles que acessaram a rede mundial de computadores pelo menos uma vez no mês -- bateu novo recorde no Brasil em agosto e atingiu 19,3 milhões de pessoas. Os dados são da pesquisa mensal Ibope/NetRatings. Em relação a julho, o crescimento foi de 4,2%. Em números absolutos, o total de pessoas com acesso residencial à internet (que têm acesso, mas muitas vezes não navegam) também chegou ao seu maior patamar em agosto: 30,1 milhões de pessoas. Segundo a pesquisa, o número de usuários com mais de 16 anos com acesso à internet em qualquer ambiente (casa, trabalho, escolas, universidades e outros locais) foi de 36,9 milhões. O Ibope/NetRatings também apurou que o Brasil manteve-se como o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta entre as dez nações monitoradas pela Nielsen/NetRatings, com 23h28min, 2 minutos menos que em julho. Completam a lista dos cinco países com maior tempo por pessoa no domicílio os Estados Unidos (20h), Alemanha (18h14min), Japão (17h59min) e Austrália (17h44min).

Categorias

Por categorias, o crescimento de acessos foi destaque no segmento "Automotivo", com alta de 10,3% em agosto ante julho, atingindo 3,1 milhões de internautas. Na seqüência, os melhores desempenhos foram das categorias "Governo e Empresas sem Fins Lucrativos", com 9% de aumento, com visitas de 9,3 milhões de pessoas; "Educação e Carreira", que cresceu 8,9% em número de usuários, atingindo 9,8 milhões de brasileiros; "Viagens e Turismo", com evolução de 7,3%, com 4,7 milhões de usuários únicos; e "Computador e Consumo de Eletrônicos", com 7% mais usuários em agosto, chegando a 15 milhões de pessoas. Por tempo de uso, os destaques foram "Entretenimento", com 3 horas e 5 minutos e avanço de 17,1% no mês; "Casa e Moda", com 32 minutos e crescimento de 16,3% no período; e "Automotivo", com 15 minutos em média, por usuário e alta de 14%. "Em agosto continuamos a observar o crescimento de categorias que historicamente mostravam pouca atratividade no Brasil, como o setor automotivo e de turismo, por exemplo", afirmou em comunicado o gerente de análise de mercado do Ibope, Alexandre Sanches Magalhães. “O forte aumento do número de computadores conectados via banda larga impulsiona a diversificação do uso da web e ajuda a entender por que é cada vez menor a diferença entre os assuntos mais procurados e os menos procurados, gerando oportunidade de negócios para todos", complementou. O Ibope/NetRatings destaca que, enquanto a internet residencial cresceu 41,5% em número de usuários no último ano, algumas categorias superaram essa evolução: "Casa e Moda" (88%), "Automotivo" (79%), "Viagens e Turismo" (65%), "Família e Estilo de Vida" (52,2%) e "Educação e Carreira" (50,5%). Por tempo de uso, a categoria com maior destaque foi "Entretenimento", que aumentou seu consumo em 53%.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL138601-6174-1725,00.html

Os novos ricos do mundo virtual

21/09/2007
Laurent Checola

No ano passado, Anshe Chung, vestido com roupas tradicionais chinesas, foi objeto de matérias de capa das revistas econômicas americanas "Fortune" e "Business Week", que contaram a história bem-sucedida desta empreendedora diferente dos outros. Esta "nova rica" é um "avatar" (protagonista virtual) do site Second Life, que ganhou mais de um milhão de dólares verdadeiros vendendo terrenos e alugando residências ou apartamentos virtuais. Esta alemã de origem chinesa, cujo nome real é Ailin Graef, dirige atualmente uma empresa em crescimento, que emprega cerca de sessenta pessoas.

O seu sucesso é representativo da expansão do mercado dos bens virtuais no setor dos games on-line. Um grupo de especialistas em economia do mundo digital avalia o seu faturamento em mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 3,9 bilhões). Este valor deverá aumentar de maneira significativa ao longo dos próximos anos, sobretudo nos países asiáticos, enquanto o mercado mundial de videogame, em 2006, foi estimado em 27 bilhões de euros (mais de R$ 70 bilhões) pela agência de avaliação PricewaterhouseCooper.

Mas a dimensão exata do mercado é difícil de determinar, uma vez que o comércio oficial dos bens virtuais apresenta também um comércio subterrâneo. Este é o caso, entre outros, de games como o "World of Warcraft", cujos inventores condenaram - em vão - a compra e a venda dos bens, como espadas e armaduras, que desvirtuam, segundo eles, a natureza das relações de forças entre os jogadores.

Micro transações
No entanto, a venda de bens virtuais não é sistematicamente reprovada pelos editores de games. Na Ásia, um novo modelo lúdico começa até mesmo a dar provas da sua rentabilidade. Por trás dos grafismos infantis e das partes de "Mapple Story" relativas ao convívio social, esconde-se um jogo baseado no micro pagamento. Enquanto o game é inicialmente gratuito, é necessário com o tempo comprar objetos virtuais para progredir. "A Apple trabalhou muito em nosso favor, educando o consumidor a efetuar micro transações", comenta Minho Kim, o presidente da companhia que edita "Mapple Story", que tem faturamento de US$ 16 milhões (cerca de R$ 30 milhões) por mês.

Certos grupos de telecomunicações, ou ainda pequenas empresas, entenderam o potencial desses objetos de síntese. O software chinês de mensagens instantâneas Tencent QQ, que é em parte propriedade de uma multinacional de telecomunicações, vem obtendo receitas consideráveis graças aos bens virtuais. Segundo Susan Wu, uma especialista neste mercado, este programa gerou no primeiro trimestre de 2007 receitas de mais de US$ 100 milhões ( cerca de R$ 186,3 milhões), dos quais mais de 65% são provenientes de bens virtuais.

Um videogame em duas dimensões concebido por uma start-up finlandesa em 2000, o "Habbo Hotel" conta, por sua vez, mais de 75 milhões de "avatares" registrados em 29 países e tem faturamento de US$ 54 milhões (R$ 100 milhões) com produtos com valor agregado.

Enquanto o mercado ainda está aberto para empresas inovadoras, Susan Wu constata que grandes companhias começaram a se interessar pelos bens virtuais, para fins publicitários. "Grandes marcas já começaram a comprar publicidade sob a forma de bens virtuais nas redes de convívio social. A Coca-Cola e a Tencent firmaram uma parceria que permite que os usuários do software de mensagens troquem códigos encontrados em garrafas reais de Coca-Cola contra objetos virtuais na rede Tencent", explica Susan Wu.

A taxação dos objetos virtuais em fase de estudo
O aparecimento deste tipo de objetos na economia dos mundos virtuais, não deixa de suscitar inúmeras interrogações. Apesar do seu "realismo", não se trata de "bens" no sentido próprio da palavra, e sim de serviços: são linhas de código informático que proporcionam diversão ou ajuda para os "avatares". Aliás, a sua propriedade é problemática: ao aceitarem as condições gerais de utilização do "World of Warcraft", os jogadores abrem mão de toda apropriação. Mas estes podem também, de maneira tão legítima quanto, se valer, em troca, do tempo de trabalho que eles utilizaram para obtê-los.

Por fim, será que os bens virtuais constituem um valor agregado, que gera uma mais-valia, e será que por esta razão eles podem possuir o mesmo status dos produtos manufaturados tradicionais? Esta é a pergunta que começou a ser feita pelos governos dos países onde os games on-line se desenvolvem mais rapidamente. As autoridades coreanas instituíram neste verão uma taxa, em função dos lucros gerados pelos bens virtuais. Os Estados Unidos deverão também se pronunciar em breve sobre uma eventual taxação. Na França, os especialistas jurídicos estão apenas começando a abordar a questão.

"Quando o dinheiro jorra aos borbotões, as taxas sempre acompanham o movimento", ironiza Bryan T. Camp, autor do livro "Uma teoria da taxação nos mundos virtuais". "Existem preços e existe um comércio, mas trata-se de um jogo", ressalta o universitário.

Tradução: Jean-Yves de Neufville

Empresas iniciantes na Internet voltam a surgir

28/09/2007
Michelle Kessler
Em Palo Alto, Califórnia


Você precisa de provas que outra expansão das ponto.com está acontecendo? Considere Jangle, Jaxtr e Jajah. Não são erros em um jogo de formar palavras, são nomes de empresas iniciantes de tecnologia do Vale do Silício. E não apenas soam parecido, mas oferecem um produto similar -uma espécie de serviço telefônico pela Internet- e têm cerca de um ano e meio.

Seria difícil se sobressair mesmo que não existissem uma dúzia de outras empresas no mesmo mercado. Ainda assim, Jangl, Jaxtr e Jajah coletivamente levantaram quase US$ 50 milhões (cerca de R$ 100 milhões) em capital de risco.

Isso não é tão incomum. A indústria de tecnologia -especialmente no Vale do Silício- está tentando fazer negócios como em 1999.

O investimento de capital de risco nos primeiros seis meses do ano pulou 9% em relação ao ano anterior, diz um estudo da VentureOne e Ernst & Young. A maior parte foi para a área de San Francisco, onde mais de 400 empresas fecharam acordos de em média US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 20 milhões), diz o estudo.

Isso ajudou a tornar os empregos abundantes, as festas luxuosas e empreendedores novamente em alta. E o Norte da Califórnia parece um ponto zero, com capitalistas, advogados e veteranos das ponto.com.

"Não há ninguém que não tenha um projeto de empresa saindo do bolso. O Vale do Silício voltou a ser o que era", diz Matt Marshall, editor do blog VentureBeat.

Minando o ambiente otimista, porém, está uma enorme questão: quanto tempo pode durar?

A competição em alguns mercados de Internet -freqüentemente referido como empresas da Web 2.0 -é intensa. Marshall conta uma lista de 34 novas firmas que querem atender um pequeno nicho: permitir que empresas e outros grupos construam seus próprios sites de relacionamento.

Até mesmo os empreendedores dizem que essa bolha pode estourar. Eles esperam estar entre os sobreviventes, ou ganhar dinheiro antes do próximo estouro.

"Até o nosso agente imobiliário -que encontrou esse escritório para nós- está montando uma empresa", diz o diretor da Jangl, Michael Cerda. "As coisas precisam ser freadas."

O atual frenesi da Internet ainda não se compara com os picos que atingiu em 2000. Nos primeiros seis meses daquele ano, as empresas levantaram US$ 52,2 bilhões (em torno de R$ 104,4 bilhões) em capital de risco, comparados com US$ 14,5 bilhões (R$ 29 bilhões) nos primeiros seis meses de 2007, diz o estudo da VentureOne.

Relativamente poucas dessas firmas iniciantes foram vendidas em ofertas públicas iniciais (IPOs) desta vez. Apenas 152 empresas fizeram IPOs neste ano, comparadas com 406 em 2000, diz a IPOhome.com.

Isso, entretanto, pode mudar em breve, diz Jim Chapman, sócio da firma de advocacia do Vale do Silício Nixon Peabody. O interesse em IPOs de tecnologia começou a crescer há cerca de um ano, e muitos acordos estão a caminho, diz ele. Entre os recentemente anunciados: CreditCards.com; Classmates Media, que criou o site de reunião de pais Classmates.com; e o site de imóveis Iggys House.

O mercado de fusões e aquisições também está forte. Por exemplo, a Microsoft fez uma aquisição de US$ 6 bilhões da firma de propaganda aQuantive, em agosto. No último mês, só a Yahoo gastou US$ 350 milhões (em torno de R$ 700 milhões) no site de mensagens eletrônicas Zimbra e US$ 300 milhões (R$ 600 milhões) na firma de propaganda BlueLithium. A Intel gastou cerca de US$ 110 milhões (R$ 220 milhões) na compra da Havok, firma de programas de jogos.

Para começar
Grandes IPOs e aquisições fizeram de muitos empresários milionários no primeiro boom das ponto.com, e foi aí que muitas iniciantes de hoje começaram.

Cerda, da Jangl, por exemplo, trabalhou para várias jovens redes de relacionamento no final dos anos 90 e início de 2000. Depois da queda do mercado, Cerda administrou um estúdio de ioga. No entanto, a atração das ponto.com era grande demais. Ele voltou a mergulhar nesse mundo de empresas iniciantes, ajudando a fundar a Ooma, firma de telefone por Internet. Depois de discordar sobre a estratégia da empresa, ele deixou a Ooma e fundou a Jangl em 2005.

A Jangl é uma de muitas empresas que fornece serviços telefônicos que viajam pela Internet em vez das linhas tradicionais. Há várias formas de fazer isso. Empresas como a Skype permitem que as pessoas façam ligações pelo computador, usando fones de ouvido. Outras, como a Vonage, usam adaptadores de telefone que se conectam à Internet para completar a chamada.

A Jangl tem como alvo um nicho desse mercado e oferece serviços de chamada especiais que usam a tecnologia da Internet para unir telefones tradicionais. Um desses serviços dá aos clientes números de telefone temporários, para divulgarem a potenciais namoradas e outros estranhos. As chamadas são transferidas para o número verdadeiro do cliente por meio de tecnologia de chamada via Internet.

Cerda inicialmente levantou com dificuldade US$ 2 milhões para fundar a Jangl. Com o crescimento rápido do entusiasmo por novas empresas, ele conseguiu levantar outros US$ 7 milhões com relativa facilidade. A Jangl agora tem parcerias com os sites de namoro True e Match.com, 20 funcionários e uma sede em Pleasanton, Califórnia, com iluminação de ambiente especial e paredes laranjas vivas.

Ao mesmo tempo, enfrenta mais competição, pois um número crescente de empresas está surgindo. A Jajah, localizada a cerca de 50km, também oferece chamadas telefônicas anônimas e tem uma parceria com o site de namoro eHarmony. Ela vende serviços de telefone por Internet a empresas e também oferece outros serviços.

Em um prédio de escritórios de Palo Alto, a antiga firma de Cerda, Ooma, está produzindo um sistema de telefone via Internet que pode fazer chamadas de longa distância por US$ 399 (cerca de R$ 800). O diretor Andrew Frame, 27, levantou US$ 27 milhões (aproximadamente R$ 54 milhões) em fundos de capital de risco.

A Jaxtr, outra empresa no bairro, oferece chamadas de longa distância e um número falso que encaminha as chamadas a um telefone celular. A GrandCentral, uma empresa que deixa as pessoas administrarem vários telefones e caixas de correio de voz por meio de uma página da Web, foi adquirida pela Google em julho.

"Cerca de metade das idéias que tivemos (quando fundamos a Jangl) se tornaram empresas", diz Cerda.

Elas não só competem entre si. Todas têm que enfrentar, ao menos perifericamente, as grandes da telefonia via Internet como Skype (da eBay), Vonage, AT&T e Verizon. Apesar de o mercado ser potencialmente enorme, provavelmente não é grande o suficiente para sustentar muitas empresas, diz o analista de tecnologia Elroy Jopling, da firma de pesquisa Gartner. "Há (jogadores) demais", diz ele.

Já há alguns sinais de uma possível chacoalhada. A SunRocket, empresa que provê chamadas telefônicas baratas via computador, foi à falência em agosto, após três anos no ramo. As ações da Vonage, que está deficitária, caíram cerca de 95% desde seu IPO em 2006.

"Você verá 80% (das empresas de telefone via Internet) serem levadas", diz Frame, da Ooma.

Mercados cheios
A telefonia de Internet não é o único mercado competitivo da Web 2.0. Dezenas de empresas estão lutando para serem a próxima MySpace. Algumas são abertas a todos, como os sites Passado e o MyYearbook. Outras são para grupos específicos, incluindo a Sermo (médicos), a Infield Parking (fãs de Nascar) e MiGente.com (latinos).

O espaço do vídeo on-line também está lotado, com sites como Revver, Veoh, Dabble, Buzznet e Jumpcut, da Yahoo. Quer música on-line? tente Pandora, Last.fm, Odeo, Jamendo ou um de muitos outros sites.

Esses são apenas mercados para o consumidor. Foldera, TracBac e iFolder estão entre as firmas que oferecem compartilhamento de documentos e ferramentas de produtividade para indivíduos e empresas. Basecamp, Central Desktop e Invetion DB estão entre as que oferecem instrumentos para administração de projetos.

As listas são enormes -e devem ficar ainda mais longas. Jeff Clavier, investidor da SoftTech VC, diz que foi bombardeado com propostas. Empreendedores animados pressionaram-no na mercearia e na delicatessen local, diz ele.

Até as reuniões no escritório às vezes são intensas. Um empresário ficou tão irritado quando Clavier recusou-se a investir em sua companhia que parecia prestes a agredi-lo.

O frenesi ficou claro no início deste mês, na TechCrunch 40, uma nova conferência promovida para conectar empresas iniciantes com potenciais investidores e outros parceiros. Em um salão de hotel lotado em San Francisco, as multidões de futuros milionários das ponto.com voaram em torno de Clavier e de outros investidores, com seus cartões de visita.

O salão tinha paredes douradas e enormes candelabros, mas o traje era puro ponto.com: camisa pólo com o logotipo da empresa, calça cáqui ou jeans desbotado e muito cabelo em pé ou óculos de armação preta. Como aconteceu na grande expansão das ponto.com anterior, a grande maioria dos participantes era de jovens rapazes.

Hank Barry, advogado de uma firma de advocacia Howard Rice, era um dos investidores de risco que lutavam para passar pelas multidões entusiasmadas. "Você não viu os excessos que vimos (na primeira bolha)". A maior parte das iniciantes têm idéias sólidas e produtos de verdade, diz ele. (Barry deve saber: ele é famoso por ser o ex-diretor do site de download de música Napster.)

Empresas da Web 2.0 também estão sendo mais cuidadosas com seu dinheiro, diz Roelof Botha, sócio da Sequoia Capital. A Jaxtr, por exemplo, contém seus gastos com desenvolvimento e quase não tem orçamento para marketing, apesar de ter levantado US$ 10 milhões. "É a disciplina da iniciante", diz o diretor Konstantin Guericke.

Muitas boas idéias ainda serão descobertas, diz Sumant Mandal, diretor da Clearstone Venture Partners. Mas as ruins estão crescendo com a nova decolagem das ponto.com, diz ele. Isso talvez seja inevitável, dado o grande número de novas empresas. O índice de escritórios vazios no Vale do Silício foi de 8,6% no terceiro trimestre -o mais baixo em seis anos, diz a imobiliária CB Richard Ellis.

O capital de risco, em geral, assume que ao menos metade de seus investimentos fracassará, diz Clavier. Em menos de dois anos, porém, a Soft Tech VC vendeu cinco empresas nas quais investiu -Truveo, Userplane, MyBlogLog, Kaboodle e Maya's Mom- com lucros substanciais, diz ele.

Esse é um sinal que há grandes idéias tornando-se empresas sólidas, diz ele. Ao mesmo tempo, "não vai durar", diz.

Marshal, da VentureBeat, acredita que não haverá um único e grande colapso, porque as empresas e os investidores aprenderam com seus erros durante a explosão de 2000. No entanto, ele estima que as empresas serão levadas gradualmente, enquanto os mercados se saturam.

"Haverá muitos chuveiros gelados", diz ele.

Tradução: Deborah Weinberg

sociologia do trabalho e a técnica

A sociologia do trabalho tem se mostrado, cada vez mais, um estudo sobre as técnicas de produção.Faz-se desaparecer, assim, da teoria as contradições inerentes à relação capital-trabalho na mesma proporção que elas se agudizam na realidade. Para esta sociologia, adominação de classe, denro e fora da empresa, constitui um objeto de estudo sem sentido, numa sociedade que , segundo supõe, estaria prestes a abolir as classes e o trabalho. A sociologia (das técnicas) do trabalho, ao banalizar o objeto, banaliza também o metodo. Torna-se uma disciplina fundamentalmente descritiva , coletora de dados praticamente positiva. Quanto mais radicalmente ofeitichismo inverte as relações sociais, mais tal sociologia se torna empiricista.


É nesse sentindo que a tecnologia deve ser pensada do ponto de vista do capital, ou melhor ainda, não como técnica em si, mas a partir da relação social de produção na qual ela se aplica.

marx e a técnica

Um comentário sobre as inovações tecnicas e o " mundo do trabalho" baseado no livro Marx e a Técnica de Daniel Romero.

O capital recompõe a taxa de lucro no contexto de uma imensa luta contra os trabalhadores em nome da tecnificação da produção , da política e da vida social. O novo aparato tecnologico se insere como uma nova forma de subordinação , pois não exige a des regulamentação do trabalho, o trabalho temporario ou desemprego, embora esses movimentos apareçam como necessidades tecnlógicas, verdadeiros imperativos tecnológicos. As inovações técnicas e científicas ocupam um papel polítco na luta de classes. Trata-se de uma brutal luta ideologica, travestida de modernidade capitalista.Essa luta visa negara possibilidade de uma identidade classista do trabalhador, negar suas formas de sociabilidade e subjetividade.Para completar, afirma-se que o trabalho, na sua forma clássica , não tem mais sentido para o trabalhador.Com isso, procura-se eleiminar , no discurso e na prática, o papel das classes e suas lutas.A afirmação de fim da sociedade do trabalho é a justificativa da apresentação da ciência e da tecnologia como possiblidade superior da resolução das contradições sociais; como racionalidade sempre crescente e independente do confronto entre classes, projetos e concepções de mundo.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Migração planejada: software livre e os sistemas legados

O Governo Federal já acumula grande conhecimento em migrações para software livre. A experiência ensina o que fazer (e não fazer) para adotar com sucesso os softwares abertos.

Por Corinto Meffe
Com Daniel Darlen*

As experiências do Governo Federal, retratadas no Guia Livre[1], revelam a existência dos mais variados métodos e modelos de migração para software livre. Entretanto, pouco se comenta na esfera pública, sobre as experiências de insucesso enfrentadas no desenrolar de processos de migração, sejam das instituições destacadas no Guia ou das demais experiências que ainda não foram tornadas públicas. Se por um lado já existem boas referências das mais variadas estratégias para se iniciar uma migração, por outro, ainda há escassez de informações sobre os caminhos a serem evitados.
O paradoxo em questão não se propõe a criar um arcabouço de mitos, dúvidas ou inconvenientes técnicos para migração, mas, ao contrário, facilitar, acelerar e fortalecer as atividades e tarefas dos que estão começando ou enfrentando processos de migração.
Na prática, qualquer processo de migração executado ou em execução na Administração Pública convive com três aspectos gerais:
i) os casos de sucesso e as “boas práticas”, na maioria das vezes, não se aplicam em outros ambientes;
ii) os casos de insucesso técnico não estão devidamente documentados; e /li>
iii) existe um desconhecimento da totalidade do ambiente de TI em boa parte das instituições.
Além dos poucos relatos de insucesso, o cenário atual aponta para os percalços de se aplicar uma experiência bem sucedida em outra instituição. Isso ocorre em função de duas condições: os ambientes computacionais internos de cada organização são muito heterogêneos; e essa heterogeneidade dificulta a replicação das experiências nas organizações, em decorrência da pouca ou nenhuma similaridade entre os ambientes. Dessa forma, dificilmente uma prática de migração será adequada por completo para replicação, em especial pelo que se identifica dentro do universo dos sistemas legados.
Os sistemas legados
Logicamente, os desafios para uma transição tecnológica bem sucedida consideram fatores culturais, motivacionais, técnicos e gerenciais. O domínio amplo do ambiente de TI da instituição é um fator de sucesso em qualquer processo de migração. Dentre as diversas variáveis ambientais, uma se destaca por apresentar um aparente domínio institucional, mas do qual, efetivamente, se tem pouco controle: os sistemas legados.
Os legados são sistemas informatizados em operação que durante uma transição tecnológica precisam ser mantidos em sua plenitude. Isto significa que, quando se decide utilizar uma determinada tecnologia alternativa ou emergente, não se deve gerar perdas aos usuários, aos sistemas e ao ambiente.
Em função das dificuldades encontradas no trato com os sistemas legados e das inúmeras rotas de migração possíveis[2], existe uma fase de extrema importância, anterior à própria migração: a elaboração de um plano (ou projeto) de migração.
Um dos pontos de ataque dos planos de migração é o mapeamento da estrutura de informática e dos serviços existentes[3]. Nesta etapa é possível dimensionar corretamente um método de migração que não cause transtornos para o dia-a-dia dos usuários, contemple espaços estratégicos para o aprimoramento técnico e estabeleça o tratamento efetivo para os sistemas legados.
É importante reforçar que, ao falarmos sobre os sistemas legados, tratamos somente de um dos enfrentamentos existentes nos processos de migração. O aprendizado com a aplicação de planos de migração demonstrou que os sistemas legados se tornaram o maior problema do ponto de vista técnico na fase operacional da migração[4] e, por isto, é fundamental que se tornem objeto de análise nas organizações.
Classificações
Ao verificar a abordagem dos sistemas legados nos processos de migração para software livre, existem três classificações centrais a considerar. Cada uma delas deve ser prevista pelos gestores e técnicos antes de iniciar a migração. Considerá-las na fase preparatória do plano significa buscar as formas ideais para conhecê-las dentro do ambiente e prever adequadamente a interferência técnica a ser realizada.
A primeira classificação é facilmente reconhecida dentro das estruturas organizacionais, pois se referem aos sistemas legados de domínio institucional. Estes são sistemas em produção que convivem com algum nível de controle e acompanhamento nas organizações. Existem ainda duas categorias menos comentadas, ou pouco controladas, que são o ambiente caótico e os nós de migração.
O ambiente caótico normalmente é composto por sistemas que funcionam na arquitetura da plataforma baixa (microinformática) e foram desenvolvidos com pouco ou nenhum acompanhamento dos gestores de TI, sendo, muitas vezes, construídos pelos usuários. Já os nós de migração são qualificações que se referem ao grau de complexidade e abrangência de um determinado sistema dentro do ambiente em transição tecnológica. Em função do número de usuários, de soluções e de máquinas atingidas, um sistema pode se tornar um nó de migração.
Todas as instituições que começaram suas migrações desde 1999, tais como a Dataprev e a Marinha, ainda convivem com o desafio de superar o entrave dos sistemas legados de domínio institucional. Isso também se repete nos órgãos que começaram sua migração no primeiro mandato do atual governo, tais como o Serpro, a Embrapa, o ITI, os Correios, a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e diversos Ministérios. Esses sistemas são relativos às soluções corporativas desenvolvidas há bastante tempo, em ambiente proprietário, com padrões fechados e com elevado grau de maturidade, tanto na utilização dos usuários como em sua manutenção. Embora exista um maior domínio institucional dos sistemas, estes, em sua maioria, são mais complexos e custosos para serem migrados.
O ambiente caótico da microinformática advém dos “ambientes desconhecidos” pelos técnicos e gestores de TI. A disseminação do uso de estações de trabalho com processamento local, ferramentas de automação de escritório e redes locais permitiu que os usuários desenvolvessem em larga escala sistemas próprios, para atender demandas específicas, sem nenhum tipo de controle nem aderência aos padrões de desenvolvimento, ao uso adequado de recursos de rede ou às metodologias já consagradas no ambiente de TI. Essas soluções isoladas geralmente só chegam ao conhecimento da área técnica quando algum problema no ambiente é detectado, sendo necessário acionar suporte especializado. Estes sistemas, em função do grau de desconhecimento institucional, geram entraves técnicos e dificultam fortemente a migração.
Os nós de migração são mais complexos de serem detectados, tanto pela dificuldade de identificarmos onde se encontram, quanto pela necessidade técnica de sua devida qualificação e mensuração. Tratam-se de soluções com funcionalidades específicas que não são percebidas inicialmente pelo corpo técnico responsável pela migração, mas que se tornam essenciais aos usuários e/ou sistemas, como por exemplo: um sistema corporativo (domínio institucional), que em determinado momento faz exportação automática em planilhas eletrônicas proprietárias (ambiente caótico ou domínio institucional) e os usuários, com essa planilha em mãos geram um banco de dados proprietário para cada setor (ambiente caótico). Neste exemplo, dependendo da quantidade de usuários ou máquinas que a solução atinja e do seu grau de complexidade para análise e reprogramação, esse sistema pode ser classificado como um nó de migração.
Justamente para os casos do ambiente caótico da plataforma baixa e dos nós de migração, e embora seja trabalhoso, o diagnóstico e o mapeamento auxiliam no reconhecimento do ambiente de TI. Este trabalho, inclusive, pode ser aproveitado para futuras padronizações do ambiente, revisões de sistemas de informação e identificação das soluções existentes. Os aliados de “primeira hora”, nesta etapa de levantamento, são as ferramentas de inventário de hardware e software[5]. O uso dessas ferramentas pode auxiliar no adequado mapeamento do ambiente com rapidez e confiabilidade.
Experiência
O panorama encontrado na Administração Pública Federal, no contexto da elaboração de planos de migração para tratamento dos legados, aponta os seguintes passos como as ações mais adequadas para a realização de migração dos sistemas proprietários para software livre:
i) Estabelecer um ciclo de diagnóstico onde se realiza um mapeamento dos sistemas legados utilizados pelo usuário, tanto os sistemas internos quanto os adquiridos externamente;
ii) Consolidar as informações coletadas no mapeamento (em planilhas ou banco de dados), ordenando os usuários e sistemas segundo aptidão para realizar determinada rota de migração: estações, servidores, serviços e sistemas;
iii) Classificar os sistemas de acordo com os seguintes itens: grau de complexidade, domínio institucional, recursos envolvidos para migração e se os mesmos se tratam de um nó de migração;
iv) Identificar as possibilidades de migração de acordo com critérios técnicos pré-estabelecidos para o ambiente: aplicativos proprietários com similar livre sem perda de funcionalidades básicas, menor quantidade de aplicativos proprietários ativos, menor micro-legado, menor macro-legado, menor quantidade de nós de migração, etc.[6].
v) Estabelecer os estágios tecnológicos que serão alcançados por cada sistema: adoção de padrões abertos, operação multiplataforma, interoperabilidade, parte de funcionalidades em software livre, migração parcial ou total.
vi) Definir o cronograma de execução das ações de migração, conjugando os critérios pré-estabelecidos com os estágios tecnológicos descritos acima, bem como a preparação técnica da equipe.
Alguns órgãos do Governo Federal tomaram a iniciativa de elaborar um sólido planejamento com base em técnicas de gestão de projetos, utilizando ferramentas livres de gerenciamento e produzindo documentação agregada dos resultados. Essas iniciativas podem servir de referência para elaboração de planos adequados a cada instituição e também, dentro de um curto espaço de tempo, aperfeiçoar as reflexões sobre os processos de migração e tratar concretamente os sistemas legados.
Conclusão
Já se percebe que os Planos de Migração ajudaram a estruturar as condições para migrar adequadamente os ambientes do Governo Federal, mas é importante reforçar que não bastam bons planos. Muitas vezes um documento bem estruturado serve como alento e contemplação. Os apoios gerenciais consistentes, os coordenadores e técnicos capazes, o enfrentamento técnico dos sistemas legados e o registro de êxitos e fracassos são fundamentais para não deixar um belo plano no papel. Entretanto, os sistemas legados, especificamente, serão migrados somente com o adequado reconhecimento do ambiente de TI e muita “mão na massa”.
(1) Guia Livre - Referência de migração para Software Livre do Governo Federal (em PDF).
(2) O conceito de rota de migração é explorado na Parte IV, no Capítulo 12, do Guia Livre, onde são descritos os exemplos das rotas de migração para software livre que podem ser adotadas.
(3) Existem diversos exemplos de Plano de Migração, um deles é o do Ministério do Planejamento (em PDF).
(4) A pesquisa foi realizada em setembro de 2005 com mais de 150 técnicos do governo, durante a I Oficina Técnica de Migração para Software Livre do Governo Federal, quando 63% dos participantes da pesquisa identificaram como o maior problema de migração o tratamento dos sistemas legados.
(5) O governo federal disponibiliza como Software Público o sistema de inventário CACIC – Configurador Automático e Coletor de Informações Computacionais, desenvolvido e disponibilizado pela Dataprev: www.governoeletronico.gov.br/cacic
(6) Os critérios são alterados de acordo com cada diagnóstico. Como explorado no próprio texto os ambientes são heterogêneos, existe pouca similaridade entre os sistemas legados nas instituições e nota-se uma realidade técnica em cada estrutura.
* Daniel Darlen, co-autor deste artigo, é Coordenador de Infra-Estrutura na Coordenação Geral de Informática do Ministério do Trabalho e Emprego.

Brechas no Google expõem fotos e e-mails



SÃO PAULO – Brechas de segurança no Google podem expor e-mails e outros documentos dos usuários.

Somente esta semana foram reveladas quatro falhas em serviços da empresa.

Uma das falhas localiza-se na aplicação Google Groups, site para a formação de grupos de discussão. A brecha permite roubar contatos e mensagens de contas do Gmail. Na segunda-feira, a empresa informou que esse bug foi corrigido.

Outra falha, já demonstrada na internet, é explorada por um esquema sofisticado. O atacante atrai o usuário para visitar um site malicioso enquanto está logado no Gmail. Assim, uma aplicação no site injeta um filtro de e-mail na conta do usuário. Esse filtro localiza todos as mensagens com anexos e as envia para um e-mail do atacante.

Os futuros e-mails com anexos também serão encaminhados. Segundo o pesquisador Petko D. Petkov, que descobriu o bug, o problema permanece enquanto o filtro estiver lá, mesmo que o Google corrija a brecha que permite a injeção do filtro.

Além das vulnerabilidades citadas, há também informações de bugs que permitem a invasão de fotos marcadas como privadas no serviço GooglePicasa e ainda a possibilidade de roubo de credenciais no serviço Google Analytics.

Quatro redes e um dilema em relação ao usuário

Em ambientes colaborativos, o desafio agora é ter ferramentas, conceitos e capacitação dos incentivadores da rede para integrar os modelos e tornar tudo amigável para que o conhecimento flua para os participantes.

Por Carlos Nepomuceno

No evento Web 2.0 da Revista Info, organizado em São Paulo, no dia 17 de setembro, pudemos ver que ainda temos poucas experiências concretas nas empresas na implantação de projetos colaborativos, utilizando as novas tecnologias e participativas disponíveis (vou evitar usar o termo web 2.0 para diminuir resistências).
Na verdade, as instituições estão tateando nesse mundo colaborativo.
Lá, pudemos ouvir o relato da experiência dos portais de conteúdo (UOL, Terra e Globo Online) com a abertura de comentários para leitores, blogs e comunidades, do qual participei.
E algumas experiências Wikis em empresas, no caso da Amil e Hering. E uma rede colaborativa da Le Postiche.
Na verdade, o que a maioria queria saber, pelos papos que tive nos corredores do evento, é o que vai acontecer com o nosso velho portal, tanto na internet como na intranet.
E, para variar, os alarmistas de plantão, consideram que é preto ou branco. Ou agora é tudo colaborativo. Ou ainda que tudo fica como antes, no quartel online de Abrantes!
Mas ao que tudo indica, teremos um cinza hiper-multicolorido.
A história dos sistemas de informação demonstra que uma nova etapa que surge, a partir de novas tecnologias de comunicação, parte da assimilação e incorporação da anterior, modificando-a com o tempo, para a instauração de uma nova fase, permitindo uma melhor dinâmica da circulação de idéias, troca de conhecimento e, por sua vez, ampliação da competitividade, com geração de riqueza para os que dela tiram proveito.
Ninguém deixou de gesticular quando passamos a falar. Ou ficou mudo, ao escrevermos. E nem deixamos de escrever, quando pudemos falar a distância pelo rádio ou aparecer de corpo inteiro na televisão.
Houve modificações e adaptações, mas não substituições. E quem se apropriou desses instrumentos com mais inteligência, teve vantagens.
Assim, pela experiência adquirida, os novos ambientes colaborativos se incorporarão e se integrarão ao que já temos de forma rápida, pois é um elemento de competição em direção ao mercado futuro. Ajudarão a consolidar as redes existentes, dinamizando-as e criando novas na perspectiva de ampliar e dinamizar o conhecimento, peça fundamental para o desenvolvimento do ser humano.
Hoje, já podemos identificar quatro tipos de topologias de rede que já convivem no mundo da cibercultura, a primeira mais tradicional e majoritária e as outras incipientes, mas tendendo a rápida expansão.
Quatro tipo de topologias de rede
1. Tipo de rede: vertical (majoritária)Característica: eu coloco conteúdo e você consome;Aplicação na internet: a maioria dos sites hoje da internet e intranet.
2. Tipo de rede: horizontal direta sem alteração de conteúdo original (em expansão);Característica: eu coloco conteúdo e você comenta;Aplicação na internet: portais como UOL, Terra e Globo, quando permitem comentários nas notícias;
3. Tipo de rede: horizontal indireta sem alteração de conteúdo original (em expansão);Característica: eu deixo você colocar criar a sua rede horizontal simples;Aplicação na internet: Globoonliners, quando permite que usuários criem seus blogs e comunidades;
4. Tipo de rede: horizontal com alteração de conteúdo original (em expansão);Característica: eu coloco o meu conteúdo e você pode alterá-lo;Aplicação na internet: Wikipedia, Wiki da Amil e da Hering.
A tendência dos portais não será adotar uma ou outra destas topologias de rede, mas integrá-las, pois cada setor, segmento, tipo de informação se tornará mais dinâmico a usar determinada topologia, a saber:
O planejamento estratégico, por exemplo, é um registro de um determinado momento e vale como um documento importante a ser armazenado. Encaixa-se melhor na topologia vertical, sem comentários. É um registro.
Já as avaliações do planejamento, na sua aplicação e específicas, podem ser incorporados no rodapé do mesmo, complementando-o e enriquecendo-o ao longo do tempo;
As pessoas podem ainda complementar as idéias do planejamento estratégico, através dos seus blogs e comunidades, detalhando-as e adaptando para cada uma das áreas da instituição e incluir esses comentários também ao rodapé do documento original, (tantos os feitos nos blogs e nas comunidades);
E pode-se ainda ter uma reconstrução do planejamento estratégico no formato wiki, como que um ser vivo que vai se modificando por toda a organização, a partir do documento original preservado, criando um novo ao longo do tempo.
São necessidades diferentes, que exigem topologias de rede distintas e ferramentas específicas, que, no seu conjunto e uso, vão dar para aquele grupo um dinamismo interessante.
O desafio agora é ter ferramentas, conceitos e capacitação dos incentivadores da rede para integrar esses quatro modelos e tornar isso tudo amigável e transparente para que o conhecimento flua cada vez de forma mais invisível para os participantes.
Essa é a grande oportunidade para os profissionais que trabalham com rede e o desafio para as empresas que vão contratá-los.
A idéia é que esses profissionais sejam capazes de deixar que de cada blog, novo espaço de trabalho nas empresas, cada um coloque a informação ali e de lá para qualquer lugar, como nas comunidades, no ambiente wiki, no portal institucional e vice-versa.
A internet e intranet passam a ser uma grande rede social, integrando os quatro ambientes disponíveis, e de cada lugar será possível compartilhar conhecimento nas diferentes topologias que cada informação exige.
Esse é o novo conceito! Um bom novo dilema para a sociedade em rede.
Quem conseguir resolvê-lo com mais rapidez e eficiência vai sair na frente e conseguirá, com certeza, um espaço especial com vista para o mar do futuro.

A infância digital da terceira idade

(Agência Estado)
Por Cinthia Toledo


São Paulo, 26 (AE) - Redescobrir a vida na terceira idade. Foi isso que a internet possibilitou para muitos idosos que venceram o medo e acessaram a web pela primeira vez após os 60 anos. E eles foram longe: fizeram novas amizades, trocaram experiências, estabeleceram contato com parentes que vivem longe, viajaram pelo Google Earth.

Chloé Siqueira virou professora depois que fez um curso de informática. Com 80 anos, ela é coordenadora do KidNet, curso da ONG Aprendiz, em que idosos dão aulas para crianças. "Trabalho com um prazer muito grande. Estou viva e com saúde, na idade certa para aprender", afirma.

Antes das aulas, Chloé não sabia nem ligar o PC. "Só via computador em revista e jornal", diz. "Mas sempre tive vontade de mexer em um. Sou muito curiosa." Hoje, além de fazer musculação, ler, ir ao cinema e bordar, ela navega na internet, fala com familiares e amigos via Skype, MSN e ICQ e baixa músicas para o tocador de MP3. "Só que o MP3 eu ponho em um ouvido só, senão pensam que eu sou surda", brinca.

Nos últimos quatro anos, dobrou o número de pessoas da terceira idade que são usuárias residenciais da rede, segundo pesquisas do Ibope/NetRatings. Em junho de 2003, eram 122 mil usuários e, no mês passado, já passavam de 260 mil.

Proporcionalmente, no entanto, o porcentual de internautas idosos caiu de 1,55% para 1,37% do total de usuários residenciais. "Isso acontece porque, entre os idosos que têm acesso à internet em casa, alguns se tornam internautas e outros, não. Já entre os jovens, 100% se tornam usuários da rede", explica Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise de mercado do Ibope.

O porcentual de internautas idosos cresce principalmente por conta das mulheres. Entre os que têm mais de 50 anos, o número de novos usuários do sexo feminino foi duas vezes superior ao masculino entre abril de 2006 e o mesmo período deste ano. "As mulheres estão conquistando um terreno onde tinham certa fragilidade", destaca Magalhães.

Segundo o Ibope/NetRatings, o serviço mais acessado por pessoas com mais de 60 anos é um programa de mensagens instantâneas, seguido por um software de telefonia pela rede. Outros favoritos são os sites de bancos e de notícias.

Cidade inglesa faz prmeiros testes de "Cibercarro"



Objetivo é diminuir uso de carros e criar alternativa para transporte público
Carro se move sem motorista e usa sensores laser para desviar de obstáculosLONDRES - Está sendo testado em Northamptonshire, na Inglaterra, um carro controlado exclusivamente por computador, que não precisa de motorista e usa sensores laser para desviar de obstáculos.

O distrito de Daventry, onde fica a cidade, está experimentando maneiras de melhorar o transporte público e diminuir o uso de carros.

O governo local acredita que os "cibercarros" podem ser o caminho para atingir o objetivo. Eles obedecem ordens dadas por botões e vão ao encontro do dono após traçada a rota.

A demonstração será feita até o dia 5 de outubro.

"Cibercarros" são projetados para trajetos curtos em cidades, percorridos com velocidade baixa. Eles são voltados ao transporte de pessoas a lugares específicos, como parques e áreas turísticas.

Segundo a governadora de Daventry, Chris Millar, o "cibercarro" é alternativa para o crescimento de grandes cidades. "Podemos construir mais e mais estacionamentos ou pensar em uma opção para viabilizar o transporte no futuro."

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Dissidentes cibernéticos driblam censura de Mianmar

Os bloggers de Mianmar (antiga Birmânia) estão usando a Internet para driblar a censura e contar ao mundo o que está acontecendo debaixo do manto de silêncio imposto pela junta militar. Imagens de monges com mantos laranja liderando multidões pelas ruas de Yangun vêm sendo transmitidas para fora do país conhecido por seu regime totalitário e pelo controle repressivo da informação.As fotos são às vezes granuladas e as imagens de vídeo tremidas - capturadas sob grande risco pessoal com telefones celulares -, mas cada uma representa uma poderosa reafirmação de dissidência política."É impressionante como a população de Mianmar tem sido capaz de receber coisas de dentro e de fora por meio de redes clandestinas", diz Vincent Brussels, chefe da seção asiática da organização Repórteres sem Fronteiras, que defende a liberdade de imprensa."Antes, eles tinham que passar as coisas de mão em mão, mas agora estão usando a internet - sites proxy (que permitem a conexão sem identificar o usuário, burlando os controles), o Google, o Youtube e todas essas coisas", diz.Diferenças de 1988 O uso da internet como uma ferramenta política é uma das diferenças mais marcantes entre os atuais protestos e o levante de 1988, que foi brutalmente reprimido.Graças em parte aos bloggers, desta vez o mundo exterior está a par dos detalhes do que está acontecendo nas ruas de Yangun, Mandalay e Pakokku e está sedento por mais informações.O blooger Ko Htike, nascido em Mianmar mas atualmente radicado em Londres, está transformando seu blog anteriormente dedicado à literatura em uma agência de notícias, com um crescimento de dez vezes na audiência.Ele publica fotos, vídeos e informações enviadas a ele por uma rede de contatos clandestinos com o país. "Eu tenho cerca de dez pessoas por lá, em locais diferentes. Eles me enviam seu material de internet-cafés, por meio de páginas de acesso livre ou às vezes por e-mail", disse ele à BBC."Todos os meus contatos estão entre os budistas, acompanhando as passeatas, e assim que conseguem alguma imagem ou notícia eles entram num internet-café e mandam para mim", disse.Ko Htike é um dos vários ativistas online de Mianmar, em sua maioria baseados fora das fronteiras do país. Guia para dissidentes Os Repórteres sem Fronteira relatam como um guia para dissidentes cibernéticos para jovens do país foi febrilmente disseminado entre um grande grupo de jovens, politicamente ativos e com prática no uso de computadores.Os bloggers estão ensinando outros a usar sites proxy baseados no exterior - como your.freedom.net e glite.sayni.net - para ver páginas bloqueadas e navegar virtualmente sem serem detectados pelo ciberespaço, trocando dicas e links em suas páginas.A Internet também se tornou um espaço virtual para grupos políticos que não podiam expressar abertamente suas visões em público.Ko Htike encontrou sua rede de jornalistas-cidadãos em um fórum de Internet que foi rapidamente desmontado após os contatos iniciais.Tais fóruns também são usados como um espaço para alertar aos bloggers quando conteúdos novos - fotos ou vídeos - ficam disponíveis."Nós normalmente usamos salas de bate-papo na Internet, como o Yahoo Messenger", diz Ko Htike. "Se eles encontram dificuldades, eles nos ligam. Eles não dizem nada, apenas nos passam links ou um código, sem mencionar nada sobre isso."Potencial subestimado Analistas concordam que apesar de o acesso à internet estar disponível atualmente para menos de 1% da população, o regime militar subestimou seu potencial.O regime parou de se concentrar em policiar suas fronteiras virtuais após uma luta pelo poder que resultou na deposição do então primeiro-ministro Khin Nyunt em outubro de 2004, segundo afirma Brussels, da Repórteres sem Fronteiras."Khin Nyunt era um homem da inteligência militar, que tinha uma grande rede de espiões e pessoas que eram bastante atentas sobre todos esses tipos de controle. Após sua deposição, eles não tinham mais muito conhecimento nessa área", disse Brussels."Tem havido oportunidade para as pessoas no país de usar seus conhecimentos. Eles são jornalistas e usuários de computador jovens, que sabem como driblar o bloqueio e a censura", afirma.Apesar de manter o controle total dos dois únicos provedores de internet e de limitar severamente o uso da internet - qualquer um que não registre seu computador conectado à internet está sujeito a uma pena de 15 anos de prisão - Ko Htike diz que a atual crise tornou os líderes do país cientes da ameaça representada pelos bloggers. Ele descreveu como tem recebido e-mails pessoais - e manifestantes dentro de Mianmar receberam mensagens por celular - espalhando informações falsas e boatos, por exemplo sobre repressão militar aos manifestantes.Ele está convencido de que os boatos são espalhados pelas autoridades de Mianmar, tentando influenciar os manifestantes e disseminar propaganda governamental por meio de sua página."Muitas pessoas estão lendo meu blog, então se eu colocar notícias falsas no site isso vai afetar as pessoas. Eles (o governo) podem ver a audiência, podem ver que as pessoas estão acessando minha página... isso significa que estão tão temerosos que estão tentando me manipular e usar o poder popular", disse Ko Htike.Sistemas pouco sofisticados Comparados com os controles virtuais e físicos sobre a internet na China, porém, os sistemas em Mianmar são bem pouco sofisticados, segundo os especialistas."O governo de Mianmar tem um regime de filtragem bem repressivo... mas isso pode ser um pouco inconsistente - um dos provedores de internet bloqueia somente as páginas internacionais, o outro apenas as regionais", diz Ian Brown, especialista em privacidade e segurança na internet da Universidade de Oxford.Os bloggers de Mianmar se dedicam a explorar as brechas. "Isso é realmente importante; as pessoas querem saber o que está acontecendo em Mianmar", diz Ko Htike. Por meio de sua rede cibernética, ele também pretende proteger aqueles que arriscam suas vidas para alimentar seu blog, agora proibido dentro do país."Eu monitoro as notícias sobre Mianmar e renovo meu site constantemente, Se alguma coisa acontece, nós podemos avisar as pessoas. Nós podemos fazer algo, podemos manter as pessoas cientes", afirma.Os bloggers de Mianmar (antiga Birmânia) estão usando a Internet para driblar a censura e contar ao mundo o que está acontecendo debaixo do manto de silêncio imposto pela junta militar. Imagens de monges com mantos laranja liderando multidões pelas ruas de Yangun vêm sendo transmitidas para fora do país conhecido por seu regime totalitário e pelo controle repressivo da informação.As fotos são às vezes granuladas e as imagens de vídeo tremidas - capturadas sob grande risco pessoal com telefones celulares -, mas cada uma representa uma poderosa reafirmação de dissidência política."É impressionante como a população de Mianmar tem sido capaz de receber coisas de dentro e de fora por meio de redes clandestinas", diz Vincent Brussels, chefe da seção asiática da organização Repórteres sem Fronteiras, que defende a liberdade de imprensa."Antes, eles tinham que passar as coisas de mão em mão, mas agora estão usando a internet - sites proxy (que permitem a conexão sem identificar o usuário, burlando os controles), o Google, o Youtube e todas essas coisas", diz.Diferenças de 1988 O uso da internet como uma ferramenta política é uma das diferenças mais marcantes entre os atuais protestos e o levante de 1988, que foi brutalmente reprimido.Graças em parte aos bloggers, desta vez o mundo exterior está a par dos detalhes do que está acontecendo nas ruas de Yangun, Mandalay e Pakokku e está sedento por mais informações.O blooger Ko Htike, nascido em Mianmar mas atualmente radicado em Londres, está transformando seu blog anteriormente dedicado à literatura em uma agência de notícias, com um crescimento de dez vezes na audiência.Ele publica fotos, vídeos e informações enviadas a ele por uma rede de contatos clandestinos com o país. "Eu tenho cerca de dez pessoas por lá, em locais diferentes. Eles me enviam seu material de internet-cafés, por meio de páginas de acesso livre ou às vezes por e-mail", disse ele à BBC."Todos os meus contatos estão entre os budistas, acompanhando as passeatas, e assim que conseguem alguma imagem ou notícia eles entram num internet-café e mandam para mim", disse.Ko Htike é um dos vários ativistas online de Mianmar, em sua maioria baseados fora das fronteiras do país. Guia para dissidentes Os Repórteres sem Fronteira relatam como um guia para dissidentes cibernéticos para jovens do país foi febrilmente disseminado entre um grande grupo de jovens, politicamente ativos e com prática no uso de computadores.Os bloggers estão ensinando outros a usar sites proxy baseados no exterior - como your.freedom.net e glite.sayni.net - para ver páginas bloqueadas e navegar virtualmente sem serem detectados pelo ciberespaço, trocando dicas e links em suas páginas.A Internet também se tornou um espaço virtual para grupos políticos que não podiam expressar abertamente suas visões em público.Ko Htike encontrou sua rede de jornalistas-cidadãos em um fórum de Internet que foi rapidamente desmontado após os contatos iniciais.Tais fóruns também são usados como um espaço para alertar aos bloggers quando conteúdos novos - fotos ou vídeos - ficam disponíveis."Nós normalmente usamos salas de bate-papo na Internet, como o Yahoo Messenger", diz Ko Htike. "Se eles encontram dificuldades, eles nos ligam. Eles não dizem nada, apenas nos passam links ou um código, sem mencionar nada sobre isso."Potencial subestimado Analistas concordam que apesar de o acesso à internet estar disponível atualmente para menos de 1% da população, o regime militar subestimou seu potencial.O regime parou de se concentrar em policiar suas fronteiras virtuais após uma luta pelo poder que resultou na deposição do então primeiro-ministro Khin Nyunt em outubro de 2004, segundo afirma Brussels, da Repórteres sem Fronteiras."Khin Nyunt era um homem da inteligência militar, que tinha uma grande rede de espiões e pessoas que eram bastante atentas sobre todos esses tipos de controle. Após sua deposição, eles não tinham mais muito conhecimento nessa área", disse Brussels."Tem havido oportunidade para as pessoas no país de usar seus conhecimentos. Eles são jornalistas e usuários de computador jovens, que sabem como driblar o bloqueio e a censura", afirma.Apesar de manter o controle total dos dois únicos provedores de internet e de limitar severamente o uso da internet - qualquer um que não registre seu computador conectado à internet está sujeito a uma pena de 15 anos de prisão - Ko Htike diz que a atual crise tornou os líderes do país cientes da ameaça representada pelos bloggers. Ele descreveu como tem recebido e-mails pessoais - e manifestantes dentro de Mianmar receberam mensagens por celular - espalhando informações falsas e boatos, por exemplo sobre repressão militar aos manifestantes.Ele está convencido de que os boatos são espalhados pelas autoridades de Mianmar, tentando influenciar os manifestantes e disseminar propaganda governamental por meio de sua página."Muitas pessoas estão lendo meu blog, então se eu colocar notícias falsas no site isso vai afetar as pessoas. Eles (o governo) podem ver a audiência, podem ver que as pessoas estão acessando minha página... isso significa que estão tão temerosos que estão tentando me manipular e usar o poder popular", disse Ko Htike.Sistemas pouco sofisticados Comparados com os controles virtuais e físicos sobre a internet na China, porém, os sistemas em Mianmar são bem pouco sofisticados, segundo os especialistas."O governo de Mianmar tem um regime de filtragem bem repressivo... mas isso pode ser um pouco inconsistente - um dos provedores de internet bloqueia somente as páginas internacionais, o outro apenas as regionais", diz Ian Brown, especialista em privacidade e segurança na internet da Universidade de Oxford.Os bloggers de Mianmar se dedicam a explorar as brechas. "Isso é realmente importante; as pessoas querem saber o que está acontecendo em Mianmar", diz Ko Htike. Por meio de sua rede cibernética, ele também pretende proteger aqueles que arriscam suas vidas para alimentar seu blog, agora proibido dentro do país."Eu monitoro as notícias sobre Mianmar e renovo meu site constantemente, Se alguma coisa acontece, nós podemos avisar as pessoas. Nós podemos fazer algo, podemos manter as pessoas cientes", afirma.

E o trabalho ainda é a base...

Direitos dos trabalhadores: um tema para Arqueólogos ? (por eduardo galeano)

Mais de 90 milhões de clientes visitam, cada semana, o Shopping Wal-Mart. Nesta empresa, contudo, mais de 900 mil empregados tem proibida a filiação a qualquer sindicato. Quando a algum destes ocorre a idéia, passa a ser um desempregado a mais. A exitosa empresa nega, sem pestanejar, um dos direitos humanos proclamados pelas Naciones Unidas: a liberdade de associação. O fundador do Wal-Mart, Sam Walton, recebeu em 1992 a Medalha da Liberdade, uma das mais altas condecorações dos Estados Unidos.
Um de quatro adultos norte-americanos, e nove em cada dez crianças, engolem nas lanchonetes McDonald’s a comida plástica que os engorda. Os trabalhadores do McDonald’s são tão descartáveis como a comida que servem: os pica a mesma máquina. Tampouco eles tem o direito de sindicalizar-se.
Na Malásia, onde os sindicatos de trabalhadores existem e são atuantes, as empresas Intel, Motorola, Texas Instruments y Hewlett Packard conseguiram contornar essa moléstia, pois o governo deste país declarou “union free,” livre de sindicatos, todo o setor eletrônico.
Tampouco tiveram possibilidade de sindicalizar-se as 190 trabalhadoras que morreram queimadas na Tailândia, em 1993, trancadas dentro de um galpão que foi, propositalmente, fechado do lado de fora. Essas obreras fabricavam os bonecos de Sesame Street, Bart Simpson e dos Muppets.
Bush e Gore coincidiram, durante a campanha eleitoral do ano passado (2000), pois expressaram a mesma necessidade de seguir impondo ao mundo o modelo norte-americano de relações trabalhistas «Nosso estilo de trabalho», como eles o chamaram, é que está marcando o passo da globalização que avança com botas de sete léguas e chega até aos mais recônditos rincões do planeta.
A tecnologia, que aboliu as distâncias, permite agora que um trabalhador da Nike na Indonésia tenha que trabalhar cem mil anos para ganhar o que ganha, em um ano, um executivo da Nike nos Estados Unidos, e que um trabalhador da IBM nas Filipinas fabrique computadores que ele não pode comprar. É a continuação da época colonial, em una escala jamais conhecida.
Os pobres do mundo seguem cumprindo sua função tradicional: proporcional braços baratos e produtos baratos, ainda que agora produzam bonecos, sapatos esportivos, computadores ou instrumentos de alta tecnologia, além de produzir, como antes, caucho, arroz, café, açúcar e outras coisas malditas para o mercado mundial.
Desde 1919, foram firmado 183 convênios internacionais que regulam as relações de trabalho no mundo. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, desses 183 acordos a Francia ratificou 115, a Noruega 106, a Alemanha 76 e os Estados Unidos... 14. O país que encabeça o processo de globalização só obedece suas próprias ordens. Assim garantiram suficiente impunidade ás grandes corporações, que partiram em busca de mão de obra barata e da conquista de territórios que as industrias sujas podem contaminar com seus subprodutos. Paradoxalmente, este país que não reconhece mais lei e que adota a idéia de que a lei do trabalho está fora de do ordenamento jurídico, agora diz que não há mais remédio que incluir «cláusulas sociais» e de «proteção ambiental» nos acordos de livre comercio. O que seria da realidade sem a publicidade que a mascara?
Essas cláusulas são meros impostos que o vicio paga a virtude com cargo al rubro relaciones públicas, pero la sola mención de los derechos obreros pone los pelos de punta a los más fervorosos abogados del salario de hambre, el horario de goma y el despido libre. Desde que Ernesto Zedillo dejó la presidencia de México, pasó a integrar los directorios de la Union Pacific Corporation y del consorcio Procter & Gamble, que opera en 140 países. Además, encabeza una comisión de las Naciones Unidas y difunde sus pensamientos en la revista Forbes: en idioma tecnocratés, se indigna contra «la imposición de estándares laborales homogéneos en los nuevos acuerdos comerciales». Traducido, eso significa: arrojemos de una buena vez al pote de la basura toda la legislación internacional que todavía protege a los trabajadores. El presidente jubilado cobra por predicar la esclavitud. Pero el principal director ejecutivo de General Electric lo dice más claro: «Para competir, hay que exprimir los limones». Los hechos son los hechos.
Ante las denuncias y las protestas, las empresas se lavan las manos: yo no fui. En la industria postmoderna, el trabajo ya no está concentrado. Así es en todas partes, y no solo en la actividad privada. Los contratistas fabrican las tres cuartas partes de los autos de Toyota. De cada cinco obreros de Volkswagen en Brasil, sólo uno es empleado de la empresa. De los 81 obreros de Petrobras muertos en accidentes de trabajo en los últimos tres años, 66 estaban al servicio de contratistas que no cumplen las normas de seguridad. A través de trescientas empresas contratistas, China produce la mitad de todas las muñecas Barbie para las niñas del mundo. En China sí hay sindicatos, pero obedecen a un Estado que en nombre del socialismo se ocupa de la disciplina de la mano de obra: «Nosotros combatimos la agitación obrera y la inestabilidad social, para asegurar un clima favorable a los inversores», explicó recientemente Bo Xilai, secretario general del Partido Comunista en uno de los mayores puertos del país.
El poder económico está más monopolizado que nunca, pero los países y las personas compiten en lo que pueden: a ver quién ofrece más a cambio de menos, a ver quién trabaja el doble a cambio de la mitad. A la vera del camino están quedando los restos de las conquistas arrancadas por dos siglos de luchas obreras en el mundo.
Las plantas maquiladoras de México, Centroamérica y el Caribe, que por algo se llaman “sweat shops,” talleres del sudor, crecen a un ritmo mucho más acelerado que la industria en su conjunto. Ocho de cada diez nuevos empleos en Argentina están «en negro», sin ninguna protección legal.
Nueve de cada diez nuevos empleos en toda América latina corresponden al «sector informal», un eufemismo para decir que los trabajadores están librados a la buena de Dios. La estabilidad laboral y los demás derechos de los trabajadores, ¿serán de aquí a poco un tema para arqueólogos? ¿No más que recuerdos de una especie extinguida?
En el mundo al revés, la libertad oprime: la libertad del dinero exige trabajadores presos de la cárcel del miedo, que es la más cárcel de todas las cárceles. El dios del mercado amenaza y castiga; y bien lo sabe cualquier trabajador, en cualquier lugar. El miedo al desempleo, que sirve a los empleadores para reducir sus costos de mano de obra y multiplicar la productividad, es, hoy por hoy, la fuente de angustia más universal. ¿Quién está a salvo del pánico de ser arrojado a las largas colas de los que buscan trabajo? ¿Quién no teme convertirse en un «obstáculo interno», para decirlo con las palabras del presidente de la Coca-Cola, que hace un año y medio explicó el despido de miles de trabajadores diciendo que «hemos eliminado los obstáculos internos»?
Y en tren de preguntas, la última: ante la globalización del dinero, que divide al mundo en domadores y domados, ¿se podrá internacionalizar la lucha por la dignidad del trabajo? Menudo desafío.

*n sei pq a tradução não foi completa, mas tem o livro em português pra quem tiver interesse.

Discos rígidos usados são mina de ouro para ladrões de informações

No início do ano passado, uma pesquisa feita na Inglaterra comprovou que os discos rígidos de computadores antigos, descartados como sucata ou vendidos para lojas de equipamentos usados, eram uma mina de ouro para ladrões de informações pessoais e até de segredos comerciais.
Discos rígidos usados
Se alguém pudesse ter levantado a hipótese de que se trata de um comportamento relapso restrito aos ingleses, uma nova pesquisa agora relata que esse problema é largamente disseminado. O novo estudo foi feito simultaneamente na Autrália, Alemanha, na própria Inglaterra e nos Estados Unidos.
Os pesquisadores compraram 350
discos rígidos em lojas de equipamentos usados em todos esses países e descobriram que 37% deles continham informações confidenciais e que poderiam ser utilizadas para prejudicar seus antigos donos.
Dados corporativos em casa
As informações recuperados incluíram dados de contas bancárias e cartões de crédito, detalhes sobre o salário do antigo dono, registros médicos, históricos de compras online e dados financeiros de uma empresa.
"Uma parcela dos 350 discos continha uma mescla substancial de dados corporativos e pessoais," diz o pesquisador Andrew Blyth, da Universidade de Glamorgan. "Isso sugere que muitos usuários estão trabalhando com dados corporativos em casa, o que levanta sérias preocupações. Há virtualmente milhões de discos rígidos à venda nesse instante, que continuam contendo material altamente confidencial."

Por curiosidade…


Este site traz-nos quantas pessoas nascem num determinado espaço de tempo, quantas morrem e o nível de CO2 lançado para a atmosfera… Tudo em tempo real..
http://www.breathingearth.net

FIFA admite bola “chipada”


“Podem ter acabado de vez as discussões sobre se a bola entrou na baliza ou não."


A introdução da nova tecnologia da linha de golo no futebol deu um passo em frente no sábado passado quando a Comissão da Associação Internacional de Futebol estabeleceu os princípios que vão reger a utilização futura da ferramenta. Brian Barwick, chefe executivo da Liga Inglesa, que recebeu o 121º encontro da comissão de regras do futebol, disse à agência Reuters que há um entendimento geral que chegou o momento para que a tecnologia da linha de golo comece a ser utilizada. “Chegámos a um momento crítico e há um consenso geral de que está na hora de darmos um passo à frente. É a coisa certa a fazer”, declarou. “Mas se vamos passar a utilizá-la, temos de fazê-lo 100 por cento da forma correcta –fazer da forma certa é fundamental, não o factor tempo.” A Comissão viu apresentações das federações inglesa e italiana e também um relatório sobre a Cairos, uma bola com microchip da Adidas e que foi usada como teste no Mundial Sub-17, no Peru, em 2005. A Federação Inglesa vai começar a testar o sistema desenvolvido pela companhia Hawk-Eye, cuja tecnologia tem sido amplamente utilizada no ténis e no críquete. Os testes vão começar, provavelmente, a ser feitos entre os jogadores mais jovens e amadores da Liga Inglesa. Paul Hawkins, director da Hawk-Eye, disse à agência Reuters: “Primeiro, vamos testar o nosso sistema em situações de treino, porque se fizermos num jogo, podemos levar anos sem que uma decisão a respeito da tecnologia da linha de golo seja tomada.”Keith Hackett, director geral da Liga Inglesa para assuntos ligados a regras do jogo, integrou a equipa que apresentou a nova tecnologia à comissão e acrescentou: “Temos de os convencer de que temos uma base sólida para que nosso sistema dê resultados.” “A Hawk-Eye tem uma grande reputação e espero que possamos começar os testes em jogos amadores daqui a algumas semanas.” A FIFA não tem nenhum teste planeado para acontecer em torneios oficiais de qualquer nível. A Comissão estipulou que qualquer sistema proposto tem que apresentar quatro princípios fundamentais: a tecnologia somente será usada nas decisões referentes à linha de golo; o sistema tem de ser 100 por cento seguro; a indicação se a bola ultrapassou ou não a linha de golo deve ser dada ao árbitro imediatamente; e o sinal somente será comunicado aos oficiais do jogo.”
In exame informática

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Game contra obesidade ensina crianças a comer

Com o aumento das taxas de obesidade infantil, a maior organização de manutenção da saúde nos Estados Unidos lançou nesta terça-feira um videogame online para ensinar às crianças sobre o que comer, o qual desliga 20 minutos depois.

A empresa Kaiser Permanente disse que o jogo "The Incredible Adventures of the Amazing Food Detective" foi projetado para mostrar a crianças de 9 a 10 anos sobre alimentação saudável e exercícios.

Mas em vez de manter as crianças diante do computador por horas, o jogo busca fazê-las se mexer. Ele tem uma função que interrompe as partidas 20 minutos depois - e outra que não os permite voltar dentro de 60 minutos.

"As crianças nos Estados Unidos passam muito tempo na frente da TV e a mensagem que elas recebem sobre alimentação, atividade e modelos são todas erradas", afirmou Ray Baxter, vice-presidente sênior da Kaiser Permanente. "Dar sermão e dizer às crianças para comer mais vegetais não vai funcionar. Você tem de mudar o ambiente e mudar a mensagem."

O jogo inclui caçadas que ensinam às crianças a discernir os rótulos dos alimentos, experimentos que mostram a elas como medir o açúcar nas bebidas, receitas saudáveis, exercícios para fortalecimento e atividades familiares para promover uma alimentação mais saudável.

Quase 20% das crianças dos EUA são obesas, o que gera temores sobre uma expectativa de vida menor e de aumento do custo dos cuidados com diabetes e outras doenças relacionadas à obesidade. O jogo da Kaiser está disponível gratuitamente em inglês e espanhol nos sites www.kp.org/amazingfooddetective e http://www.cdc.gov/.

Reuters

Renan e o mundo virtual

Por Manoel Fernandes, yahoo tecnologia

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) escapou da cassação, mas ainda terá muita dor de cabeça daqui em diante, principalmente em relação os blogs nacionais e as comunidades virtuais, como o Orkut. Entre maio deste ano, quando a Veja publicou a primeira reportagem sobre o assunto, e segunda-feira passada o caso tinha alcançado cerca de 23 mil citações em todos os blogs nacionais.
Desse volume, as críticas e os comentários nada lisonjeiros são maioria: 70% do universo. Mesmo diante das evidências como a ex-amante e mãe da sua filha caçula, os bois invisíveis da suas fazendas e a rede de laranjas montada para fazer negócios na sua terra natal, Renan sobreviveu no mundo real. No universo digital o calvário continuará por muito tempo.
Entre os formadores de opinião da internet está muito longe de ser esquecida. “A tendência é de que as críticas negativas ganhem mais força nas próximas avaliações”, afirma Alessandro Barbosa Lima, da consultoria E-Life, que faz mapeamento de conteúdos gerados pelo consumidor. Nesse estudo feito a pedido de BITES, a E-Life não se deteve em análises detalhadas do conjunto de opiniões dos blogueiros.
O que chama atenção é o sentimento negativo em relação ao discurso montado pelo senador para se defender. Foram acompanhados 15 serviços de hospedagem de blogs, mas a maior parte das críticas (82%) está concentrada em um único lugar: o blogspot do Google. A situação fica mais complicada quando se relaciona a quantidade de comunidades criadas no Orkut, que também faz parte de lista de propriedades do Google, desde o início da crise. Há 81 comunidades e a maior delas, Fora, Renan Calheiros!, alcançou 3.652 adeptos. Nesse mesmo local uma enquete sobre a extinção do Senado Federal tinha na noite desta terça-feira o apoio de 63% dos votantes.
O melhor cenário para Renan seria se esses comentários estivessem dispersos em vários locais e em blogs sem relevância e audiência, mas o levantamento da E-Life mostra exatamente o contrário. Além de blogs feitos por jornalistas, o senador também recebeu críticas de gente que faz seus diários on-line sem grandes pretensões informativas, mas que também ficaram indignados com a situação.
Quando o tema da crise deixar a agenda da mídia tradicional – o que deve acontecer em breve, caso não apareçam fatos novos – o que foi publicado nos blogs seguirá o caminho natural do long tail (www.acheme7.com.br), a capacidade latente da rede de replicar de maneira quase indefinida comentários sobre produtos ou quaisquer outros assuntos.
Nesse ponto, Renan nunca sumirá da internet. Mesmo que dentro de alguns anos ele tenha êxito em refazer sua imagem pública, como parece ser uma das suas qualidades desde que esteve ao lado de Fernando Collor na eleição de 1989, o senador sempre será encontrado de maneira pouco elogiosa quando alguém realizar uma busca na rede. E quem sabe dessa vez ele pensa em deixar a cena.

Google, 10 anos.

Por Elis Monteiro19 de Setembro de 2007, Portal do IG.

Tudo o que diz respeito à Google Inc. costuma virar notícia. Com seu aniversário de 10 anos também foi assim. Pudera: a empresa simplesmente não decide que data é a mais importante para a história da maior empresa de internet de todos os tempos. Caso seja considerada a data em que o domínio Google.com foi registrado, parabéns, o Google tem dez anos de vida! Mas se a escolha recair sobre o momento em que a empresa abriu as portas (em 1998) ou aquele no qual Larry Page e Sergey Brin passaram a acreditar no sucesso da empreitada (1999), há muitas datas possíveis a serem celebradas. No final das contas, o que vale é a comemoração: depois de setembro de 1997, a internet — e nós, a reboque — nunca mais foi a mesma.

Relembrar a história do Google é passar em revista todas as conquistas da sociedade moderna, a que denominamos de "digital". Ganhamos mais facilidade para navegar na internet, mais simplicidade no uso diário dos aplicativos e, mais importante, nunca nos comunicamos tanto quanto foi possível depois do nascimento do Google. Mas se o Google não tivesse aparecido, dirão os contestadores de plantão, alguma outra empresa teria criado exatamente as mesmas coisas. Talvez, sim. Mas não com a velocidade, a competência e a veia de inovação que os jovens Larry Page e Sergey Brin imprimiram como marca da empresa que criaram.
Sendo ainda mais veementes: que tal citarmos o Orkut, o YouTube, o Google Docs, o Web Acelerator, o Google Desktop? E, para as empresas, impossível não falar sobre as mudanças proporcionadas pelo Google Ad Words e, para os pequenos empresários, o Ad Sense. Para quem trabalha com mídia, o Google News foi um primeiro passo para mostrar às grandes cadeias de comunicação que a informação já saía de suas páginas (web ou de papel) e ganhava o mundo e, claro, o ranking automático do Google News. Dois jovens garotos — Larry Page e Sergey Brin — estudantes da universidade americana da Stanford, decidem criar um produto a partir de um projeto de doutorado. O tal projeto, batizado de Backrub, nasceu por conta da necessidade que ambos tinham de catalogar e filtrar informações pescadas na internet. Decididos a criar um produto que facilitasse suas próprias vidas, Page e Brin, hoje, cada um com 34 anos e uma conta bancária de mais de US$ 11 bilhões (cada um), construíram o mais simples e, ao mesmo tempo, o mais complexo dos mecanismos de busca já inventados para a Web.
O sucesso foi muito rápido e, um ano depois, em 1998, o Google abria as portas de seu primeiro escritório. Começava uma saga em busca de investidor. O produto já existia, a idéia era boa, mas não havia verba suficiente. Na biografia da empresa, um ponto se faz muito interessante: foi nesta época que Larry e Sergey ouviram muitos “nãos” e conselhos para desistirem do projeto. Um presidente de um grande portal chegou a dizer que seus usuários não se interessavam por buscas (!). Encontrar um investidor ficou ainda mais complicado e os garotos tiveram que, a partir de então, deixar de lado suas formações tecnológicas e ir atrás de um plano de negócios e um “anjo” que resolvesse bancar os custos iniciais de desenvolvimento da ferramenta. Acharam: Andy Bechtolsheim, um dos fundadores da Sun Microsystems, decidiu dar o pontapé inicial e, junto, um cheque de US$ 100 mil. Cheque este que Sergey e Larry tiveram problemas para descontar, uma vez que a Google Inc. ainda não existia oficialmente, preto no branco. Pois os dois correram atrás até da família e conseguiram, junto com o cheque, um total de US$ 1 milhão como investimento inicial. Nascia, assim, a Google Inc. Em dez anos de vida, o Google trouxe dores de cabeça para a principal rival, Microsoft, mudou a forma como esta via a internet — é público e notório que a empresa de Bill Gates acabou “comendo mosca” para a Google em todos os produtos de internet que ambas as empresas lançaram nos últimos dez anos. E continua assim: a Google lança um produto, meses ou anos depois a MS lança um semelhante.

Agora, especula-se a entrada da empresa criada por Larry e Sergey no mercado de hardware. A Google nega, mas enquanto isso corre atrás de investimento em infra-estrutura de banda larga, acesso à internet por meio da energia elétrica e até — e aqui a visita ao Brasil realizada no início de 2006 quer dizer muita coisa — na produção de biocombustíveis. Dez anos depois de seu nascimento, a empresa que nasceu pontocom começa a se tornar uma empresa do mundo “real”. E, o que é ainda mais impressionante: de forma encorpada, segura, sem riscos desnecessários. Esta sim é uma biografia de respeito.

Aula de hoje

Um pequeno (não tão pequeno assim...) texto sobre a aula de hoje

Para Milton Santos, a análise de uma fase histórica, deve levar em conta o estado das técnicas e da política, estando esses dois fatores interligados. Na atualidade o problema está no estado da política e não no estado da técnica. A globalização não se baseia só nas técnicas, mas também em processos políticos e é nesses que está o problema.

A técnica mais representativa da nossa época é a da informação. Ela permite duas coisas: a comunicação entre as diversas técnicas e a aceleração do processo histórico através da simultaneidade das ações. A importância de um ator é determinada, entre outras coisas, pela técnica que ele é capaz de mobilizar. O surgimento de uma nova técnica não elimina a anterior, mas quem passa a usar as técnicas não hegemônicas são os atores não hegemônicos.

Castells sinaliza que, apesar da idéia de uma globalização generalizada, os mercados de trabalho não são globais. No entanto, destaca que a mão-de-obra é um recurso global já que as empresas podem escolher o lugar onde se instalarão a depender do preço e da qualificação da mão-de-obra disponível.

As empresas baseiam-se na fragmentação de sua produção, mas isso só acontece porque a técnica hegemônica permite. Em contraponto a essa fragmentação da técnica, há uma unidade política. Essa unidade se dá no interior das grandes empresas, cada uma zelando por seus interesses. Não há um agente que zele pelo mercado global como um todo. A economia global é regida pela concorrência entre agentes econômicos e entre os locais onde se situam. E esta, segundo Castells leva em conta quatro fatores básicos: a capacidade tecnológica, o acesso a um grande mercado, o diferencial nos custos de produção e a capacidade política de promover o crescimento da área em questão.

Para Santos, o que temos hoje é uma convergência dos momentos vividos. Múltiplos relógios podem ser usados da mesma forma, o mercado pode funcionar o dia todo em todo mundo e de forma interligada. “O tempo real também autoriza usar o mesmo momento a partir de múltiplos lugares; e todos os lugares a partir de um só deles” (SANTOS, 2000, p.28). É possível conhecer o acontecer do outro. Porém, isso não se dá de forma plenamente verdadeira porque toda a informação é intermediada pelas grandes empresas da informação.

O ideal da aldeia global é que a construção do tempo real é algo coletivo, mas nós ainda estamos longe desse objetivo. Quem domina a construção do tempo real são os donos da velocidade e os autores do discurso ideológico.

Milton Santos defende que o mundo é hoje movido por um motor único. A mais-valia global seria o motor de todas as ações globais. Não há mais vários motores, como havia no imperialismo, porque as ações agora são globais. Caminhamos para um padrão único, que decorre da mundialização da técnica e da mais-valia. Na verdade, isso seria apenas uma tendência, pois não há lugar onde a mundialização seja completa. Exemplo disso é a alta regulação financeira dos bancos, que impede a plena circulação do capital (apesar de mecanismos alternativos a isso já estarem sendo criados), e a xenofobia e os controles de imigração, que impedem a livre circulação de pessoas.

O nosso período histórico permite um conhecimento extensivo e aprofundado do planeta, graças às técnicas, já podemos inclusive fabricar coisas não presentes na natureza. A contemplação de vários momentos, e não mais de um só, permite perceber o momento da evolução, apesar de não evidenciar o processo histórico como um todo.

Para Milton Santos, diferentemente dos outros períodos quando uma crise antecedia e sucedia a formulação de novas idéias, o nosso período atual é, ao mesmo, tempo, período e crise. Ao mesmo tempo em que as variáveis se influenciam (globalização) elas também se chocam continuamente. A nossa contínua crise é estrutural e se manifesta tanto de maneira global como de maneira particular. Toda solução que se considera vem do interesse dos atores hegemônicos e por isso tem parte da sua própria lógica. A tirania do dinheiro e da informação forma o momento histórico atual. Nele, o controle dos espíritos permite a hegemonia das finanças. Isso aprofunda a crise. O extremado uso de técnicas leva a uma necessidade de grande quantidade de normas.

A crise está instalada apesar do equilíbrio macroeconômico. Ao criar a globalização como fábula, ao mesmo tempo, já difundem os remédios pré-fabricados para as crises. A procura da solução apenas para a crise financeira é também motivo do aprofundamento da própria crise.