terça-feira, 27 de novembro de 2007

Concurso premia inovações em segurança hi-tech


De teclados biométricos a cortinas à prova de explosões, invenções que parecem saídas de um filme de James Bond competiram no Global Security Challenge. Um sistema de câmeras noturnas foi o vencedor do desafio deste ano. Também foi apresentado um dispositivo "sintetizador de faces", capaz de criar milhares de imagens a partir de uma foto, prevendo como o sujeito ficará em diferentes condições de iluminação, em diferentes ângulos, com expressões variáveis e características faciais como barba ou bigode ou mais envelhecido.

"É uma pena que o Q não é um dos jurados", disse Sir Richard Dearlove, em referência ao inventor personagem dos filmes do agente 007. Dearlove foi de 1999 a 2004 um agente de codinome C, chefe da inteligência do serviço de espionagem britânico MI6.

"Nossa sociedade está enfrentando novas ameaças complexas. Devemos também pensar que muitas novas tecnologias têm seu lado negro e podem ser usadas contra nós", disse Dearlove aos participantes.

De acordo com a Venture Buisness Research, que faz pesquisa e é provedora de inteligência para empresas privadas, mais de US$ 6 bilhões foram investidos em segurança nos Estados Unidos e Europa até agora neste ano.

De olho neste potencial, alunos de MBA da London Business School organizaram o primeiro desafio em 2006, quando a Ingenia Technology ofereceu US$ 10 mil ao primeiro colocado. Um scanner a laser para reconhecer dinheiro falsificado levou o prêmio.

Tanto foi o interesse na competição que o Technical Support Working Group dos Estados Unidos ofereceu US$ 500 mil para o prêmio neste ano.

Câmera Noturna
O vencedor deste ano foi da NoblePeak Vision Corporation, de Wakefield, Massachusetts, nos Estados Unidos. A invenção foi uma câmera de visão noturna que capta ondas curtas de infravermelho (SWIR), invisíveis ao olho humano.

As imagens noturnas em preto e branco são muito mais definidas que aquelas geradas por câmeras termais. As aplicações práticas vão desde aperfeiçoar a visão em batalhas até a proteção de edifícios.

Outros finalistas incluem tecnologia biométrica para reconhecer usuários de teclado pelo comportamento ao digitar - evitando que usuários memorizem dezenas de senhas - e um dispositivo de mão que testa a exposição de agentes nervosos. Escaneando o olho, ele também detecta monóxido de carbono ou envenamento por cianeto e identifica trauma ao cérebro.

Redação Terra

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