quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Adobe e Yahoo testam publicidade em documentos PDF

SAN FRANCISCO (Reuters) - A produtora de software Adobe e o grupo de Internet Yahoo anunciaram na quarta-feira que oferecerão um serviço sob o qual será possível veicular publicidade no popular formato de documentos eletrônicos criado pela Adobe.
O novo serviço, Ads for Adobe PDF Powered by Yahoo, oferece aos criadores de conteúdo escrito uma alternativa às vendas de assinaturas convencionais. Caso a idéia seja adotada em larga escala, pode surgir um novo modelo para o mercado editorial, baseado em publicações gratuitas bancadas por publicidade, disseram analistas.
O acordo é a mais recente empreitada do Yahoo para expandir o alcance de seu sistema de publicidade para além dos sites controlados pelo grupo. Desde o ano passado, o Yahoo vem assinando acordos de parceria para fornecer anúncios online ao grupo de leilões eBay, à operadora de TV a cabo Comcast e a um consórcio de jornais norte-americanos.
O serviço Adobe permitirá que os criadores de conteúdo gerem receita pela inclusão de anúncios de texto vinculado ao conteúdo de um documento em formato PDF (portable document format). A publicidade será veiculada em um painel separado da página principal.
"As pessoas desejam conteúdo gratuito", disse Matt Swain, analista do grupo de pesquisa de mercado InfoTrends, que foi informado pelas empresas sobre seus planos. "A questão é como atingir os consumidores sem cobrar assinaturas."
O serviço deve iniciar em breve testes públicos, que durarão alguns meses, segundo as empresas. Um período anterior de teste fechado incluiu grupos editoriais profissionais como o IDG InfoWorld, Wired, Pearson Education, Meredith e Reed Elsevier.
O serviço gratuito não requer software especial e está aberto a grupos editoriais que publiquem conteúdo em inglês e nos Estados Unidos, inicialmente.
"É uma ferramenta poderosa para grupos editoriais de qualquer porte", disse Todd Teresi, vice-presidente sênior da Yahoo Publisher Network, indicando que o sistema poderia atender a todos, de conglomerados de mídia ao boletim de informações de uma associação de pais e mestres, por exemplo.

Um comentário:

camila kowalski disse...

Legal, conteúdo gratuito e talz. mas às vezes eu acho que a publicidade está indo longe demais. No Shopping Iguatemi e no Barra, algumas mesas da Praça de Alimentação têm adesivos de propagandas, obrigando o consumidor a ler a cada segundo a mesma propaganda, toda vez que vai se servir de comida. Também nos aviões já é bastante comum que aqueles "lenços" de proteção que ficam nas poltronas, na altura da cabeça, tenham propagandas.

Esse tipo de publicidade é completamente compulsório. O usuário é obrigado a ler e reler inúmeras vezes um anúncio. Funciona como uma lavagem cerebral (de verdade!), não há escolha.

Acho muito perigoso que esse tipo de propaganda seja expandido, mesmo quando é para oferecer conteúdo gratuito.