quinta-feira, 22 de novembro de 2007

IGF mobilizou o país, mas não a "grande imprensa"

É pena que os grandes jornais e, até mesmo, as redes de televisão não tenham enxergado a importância dos temas em debate no 2º Fórum de Governança da Internet, que termina no dia 15, no Rio de Janeiro.

Nem mesmo o fato do Brasil ter sediado o evento promovido pela ONU ou as discussões tratarem de um novo modelo de Internet mundial, que não seja controlada por apenas uma grande potência, motivaram os nossos jornais a destacar uma cobertura mais intensiva do Fórum.

É curiosa essa postura, já que os grandes portais brasileiros são controlados por eles. Ou então deve ser porque o Brasil é um país rico, com uma Internet de alta qualidade e prestada a todos os brasileiros, além de não ter problemas como pedofilia, venda de ecstasy em salas de bate-papo, roubo de senhas bancárias, entre outros crimes eletrônicos.

Coisas que só ocorrem no "primeiro mundo".

Cadê o Congresso?

Pode ser que não tenha sido convidado. Pode ser que tenha sido, mas não veio. O fato é. O governo, em todas as áreas, se fez presente e participou ativamente das discussões sobre governança na Internet. Já o Legislativo não. Faço justiça com o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), pois ele participou da abertura do 2º Fórum de Governança da Internet, no Rio de Janeiro. Mas uma andorinha, sozinha, não faz verão.

Os técnicos salvaram a pátria

Pelo menos os consultores e assessores legislativos diretamente envolvidos com Tecnologia da Informação e questões sociais na Internet, como o combate à pornografia, por exemplo, participaram de debates no 2º Fórum de Governança da Internet. É esse pessoal, graças a Deus, que amanhã corrigirá algumas bobagens produzidas por nossos parlamentares no Congresso Nacional.

Boa notícia


O Google já admite que pisou na bola no Brasil, ao não colaborar com as autoridades brasileiras no combate à pedofilia e demais crimes cometidos através do Orkut. Durante o 2º Fórum de Governança da Internet, representantes da empresa conversaram com técnicos do governo e do Congresso e já anteciparam que essa postura irá mudar. A conferir...

Dúvida

Se o governo pretende usar a Telebrás como gestora da rede de banda larga federal, então isso significa que o processo de extinção da antiga estatal de telecomunicações será suspenso? Até agora, essa empresa se mantém viva desde a privatização do setor porque ainda cede funcionários para a Anatel. Como ficará essa situação?

Sem reserva de mercado

Na última milha, o governo promete comprar serviço de acesso à Internet seja de quem for: ISP, SCM, Operadora de TV a Cabo ou empresa de telefonia. O que irá definir o futuro fornecedor será o preço. O governo dará o seu, quem aceitá-lo, leva.

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