Utilizar o celular para pagar contas de pequeno valor, assim como aproveitar cartões "sem contato", sem necessidade de tarja magnética ou senha, são as tendências que, até 2010, serão amplamente aceitas pelo comércio no âmbito dos meios eletrônicos de pagamentos. As informações foram dadas durante o primeiro dia de debates do 2º Congresso do Mercado Brasileiro de Meios Eletrônicos de Pagamentos, ocorrido na última terça-feira (16).
"É uma evolução natural de mercado, depende apenas de tempo. E o brasileiro se adapta muito fácil às novidades. Se o mercado souber conduzir, a onipresença dos cartões será garantida", afirmou Luiz Eduardo Ritzman, responsável pela elaboração do estudo.
Contactless e mobile payment
Dados da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) apontam para mais de 400 milhões de cartões - entre débito, crédito e private labels - em circulação no País. A indústria cresce a um ritmo anual de 20% e, para garantir esse avanço para os próximos anos, é necessário inovação.
No caso dos cartões "contacless", Ritzman explicou que o sistema funciona da seguinte forma: assim como ocorre atualmente com o Bilhete-Único, em São Paulo, o produto será um plástico de característica off-line. "A utilização seria em metrôs e para compras de baixo valor, abaixo de US$ 20. Com isso, a ativação e fidelização dos clientes será mais efetiva, com pagamentos com velocidade e eficiência", explicou.
Já os celulares, que formariam "mobile payment", são o quarto estágio dos meios de pagamento: primeiro, vieram os cheques, depois, os cartões de débito, de crédito e, agora, os aparelhos móveis. A modalidade é indicada para táxis, padarias, vendas porta-a-porta e outras compras de baixo valor, novamente abaixo de US$ 20. "Traria uma possibilidade de locomoção", resumiu.
Perigos
Dentre os perigos apontados para a implantação dos sistemas, foram citadas a capacidade da rede de telecomunicações em atender à demanda e a questão da segurança. "Não há emissão de comprovante de venda e nem possibilidade de identificar o portador", lembrou.
Riztman prevê que cem milhões de pessoas tenham aderido, até 2010, ao sistema de mobile payment. Desses, 2,5 milhões estarão localizados na América Latina.
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